sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nós fomos para seu quarto e entre detalhes e mais detalhes, nós transamos. Pela primeira vez, desde que aconteceu um certo caso comigo, eu transei. Foi uma fase horrível e eu sabia que só iria conseguir fazer isso quando encontrasse alguém que me passasse segurança o suficiente.
Na manhã seguinte, mais um convite.
"bom dia, meu amor."
Respondi, sorrindo. "bom dia, mas por favor não seja hipócrita e retire a parte do meu amor."
Ele brincou. "ontem você estava mais fácil."
Retruquei. "ontem não era hoje."
Ele estava se trocando quando me levantei e fui até o banheiro. Na volta, nós trocamos alguns beijos, quando reparei uma embalagem pequena com algo branco dentro.
Parei imediatamente e exclamei. "o que vem a ser isso?"
Ele ficou assustado e pergntou. "o que houve?"
Saí debaixo dele e peguei a tal da embalagem que estava no criado mudo.
Peguei a embagame e praticamente esfreguei em sua cara. "isso é pó... isso é droga, Marcelo."
Ele alisou desajeitadamente seu cabelo e tentou se explicar, tropeçando nas palavras.
"isso... isso não é. Isso não é o que você pensa. Digo isso é o que você pensa, mas não é meu."
Eu estava muito indignada para acreditar em desculpas de quinta.
Falei, quase aos gritos. "você é... cara, que nojo de você."
Ele disse, agora se achando o injustiçado. "espera aí. Se eu uso ou não o problema é meu e não tem o porque você está com nojo. Eu entendo que você seja contra... mas antes que diga qualquer coisa, eu não sou usuário."
Peguei minhas roupas e fui em direção a porta do quarto.
Mais calmo, ele argumentou. "se veste, não vai querer que te olhem torto se sair quase nua pelo Hotel."
Joguei, com ódio na cara dele, a embalagem que ainda estava comigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário