segunda-feira, 14 de março de 2011

Nós tivemos um almoço muito agradável. Quando terminamos voltamos para o Hotel, mas quando chegamos a porta do meu quarto, ele se despediu com um beijo no rosto e saiu, mas na metade do caminho ele parou e se virou para mim dizendo. “eu deveria está lhe chamando para conhecer a minha casa, mas como não posso, tudo o que eu posso oferecer é que venha conhecer o meu quarto.”
Nem sempre tão discreto, certo? Isso foi o que eu pensei, mas a minha resposta foi. “não. Não hoje.”
Ele mexeu estranhamente em seu cabelo e voltou a caminhar para o seu quarto.
A noite, eu, a Patrícia e o Fernando fomos para uma balada. Depois de dançar todas e beber todas, chegamos (não sei como) bêbados no Hotel. Lembro-me mais do dia seguinte. O Fernando amanheceu no banheiro, a Patrícia na minha cama e eu... bom, eu amanheci em outro quarto.
“ai meu Deus!” Eu disse baixinho, olhando para as paredes que não tinham exatamente a mesma decoração do quarto em que eu estava hospedada. Voltei a dizer, um pouco mais alto quando eu vi o Marcelo dormindo no chão ao lado da cama. “ai meu Deus.”
Examinei peça por peça das minhas roupas. A única coisa que não estava no lugar eram minhas sandálias.
Levantei-me e peguei minhas sandálias que estavam juntas no pé da cama. Beijei o rosto do Marcelo e então sai do quarto da mesma forma que uma adolescente chega em casa de madrugada.
Em compensação cheguei no meu quarto da mesma forma que os meus amigos chegam em minha casa. Gritei. “acordem vagabundos.”
Mas, o maior movimento que ocorreu no quarto foi o Fernando mudando de posição dentro do banheiro. Então, como uma boa alma eu os ajudei. Liguei o ar condicionado, endireitei a Patrícia que estava quase caindo da cama, tirei suas bijuterias, folguei suas roupas e tireis seus sapatos. Levei um travesseiro para o Nando e também folguei suas roupas, que inclusive estavam sujas de vomito. O mesmo travesseiro, mais tarde, foi abandonado em um dos corredores daquele Hotel.
Eu voltei a dormir, dessa vez na cama do Nando.
Bem mais tarde eu acordei e a Patrícia já estava de pé.
Quando me viu ela disse com um cara de tormento. “volta a dormir.”
Ainda sonolenta eu perguntei. “por que você já está de pé?”
Ela respondeu com raiva e sono. “serviço de quarto.”
Perguntei, em estado melhor que o dela. “quem pediu?”
Ela foi perto de mim e jogou um cartão. Sentou-se na cama em que eu estava deitada e disse sonolenta. “juro que eu não li.”
Concordei ironicamente. “sei que não.”
Sorri e ela também.
Segurei o cartão, mas não li. Perguntei pra ela. “o que é isso que você está comendo?”
Ela respondeu com cara de sacana. “um dos seus chocolates.”

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